quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Considerações Finais - I
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Tudo foi encoberto durante tanto tempo. Seus amores, seus medos, seus sonhos. Tudo foi vivido por ela só. Não precisava de testemunhas. E agora? Terá sua identidade revelada? O sofrimento há de acabar com tudo?
Mesmo que o mundo sempre tenha lhe agradado muito, sua vida foi cuidadosamente integrada a seu habitat natural: Joinville.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Era o que faltava em mim
Uma esperança vaga
Eu já encontrei.
Teus carinhos que me faz
Me deixe em paz
Não te quero ver
Para nunca mais.
Eu sei que teus beijos e abraços
Tudo isso não passa de pura hipocrizia
Já que tu não és sincera
Eu vou te abandonar um dia.
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade perdida.
Finda tempestade
O sol nascerá
Fim dessa saudade
Hei de ter outro alguém para amar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Virada
E ela bem que tenta. Começa e recomeça.
Muda a disposição dos móveis no quarto, troca as cortinas, compra outros incensos. O sol mantém o quarto aquecido. E ela se arruma por dentro. Tira o que está estragado, joga fora o que hoje é lixo e re-organiza o relicário chamado coração. Diante do dia lindo lá fora, com as portas do guarda roupa abertas, ela escolhe seu melhor figurino. Calça escura, uma camisa social branca. Prende o cabelo num delicado coque no lado direto e coloca em cima dele uma flor. Pronto. O resto não importa. Ela se olha no espelho e vê o que sempre foi. A insana personagem de casca endurecida pelos amores infindáveis, pelos paradigmas familiares, pelos sonhos confusos. Está pronta para mais uma dose de ventania e perdição. As vezes estar sem rumo funciona pra ela. É uma leveza difícil de entender.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Peneirando
As horas passam rápido demais. A TV adormece antes de eu pegar no sono. É difícil abster-se de sonhos e pesadelos. As noites eram mais leves no começo. Sentia uma leve brisa nas costas antes de mergulhar no calor das cobertas. Agora amanheço pesada. O sono me trás cansaço e fadiga. Acordar significa pensar, reagir, planejar, caminhar, ir adiante. E quando acordo nem sempre tenho a sensação de que serei forte o suficiente para dar mais esse passo. Ir um pouco mais além no caminho da vida.
Enquanto o doce panotone desce com a ajuda de uns goles de café, eu reflito. É preciso entender como o viver é realmente um caminho sem volta. Não digo que as oportunidades não baterão a sua porta, daí é força do destino, e não mais porque estes foram os teus planos.
Hoje decidi fazer mais um peneirão. A cada recomeço é preciso definir quem vai ou não estar presente no teu futuro. Aqueles que ficarão no passado e aqueles que estarão na minha formatura, no batizado dos meus filhos, nas minhas bodas de prata.
Reforçar as alianças que não exigem fidelidade, segurança, calor. O amor, como as amizades, deveria ser puro e gentil. Participar sem cobrar. Entender que mesmo não sendo pra toda vida, pode ser um remédio pra uma doença não curada, um anestésico para cortes atuais, uma prevenção para acidentes futuros. Um cervejinha gelada para as tardes de domingo, um jantar íntimo para o sábado a noite, uma boa conversa para o almoço da semana.
Um pouso forçado para a realidade. O relógio já aponta a hora de mais um passo...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Dizer tchau?
Eu queria não precisar mexer em nada. Modificar nada. Mudanças, às vezes, são necessárias, mas nem sempre são agradáveis. Descobri que estou cansada de tantos inícios e fins. Quando decido terminar, sinto que acabo com tudo. Com todas as histórias. É difícil encontrar o ponto de partida e começar de novo.
Já faz tempo, mas tive um fim e um começo trágico. Fugi de tantos e tantas vezes que havia esquecido como essa dor é corrosiva, o quanto ela consome do meu dia, da minha atenção. O quanto é ruim pensar em começar de novo, em fazer novas buscas e encontrar novos amores.
Nós podemos continuar assim. Entrar numa bolha de sabão e viver. Viver a espera de um vento forte, ou de um dedo metido pronto pra tocá-la e destruir nosso espaço.
Hoje meu medo de ficar sem você é maior que o medo de ficar com você.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ah sim!
Reticências
E o mundo que nós criamos para dar vida a nossa história foi invadido. Não há para onde correr, estamos sendo cercados. Você e eu. Longe um do outro. Tem funcionado. Os invasores me mantêm distante, me colocaram numa astronave e me levaram pra passear. E você? Aproveitou-se das invasoras também não é? Eu sei disso, é a tua cara não perder essa chance, ainda mais com corpos estranhos. Bem, as notícias correm. E a distância aumenta. Não houve mais contato. Você ocupou-se em trazer diversão para o mundo, e eu, em explorar novos romances. Os invasores até que não se saíram tão mal. E a desistência veio. Parar de fugir, de correr pra lugar nenhum, de deixar o tempo passar... São muitas dúvidas para esses humanos. Os desejos aos quais fomos envolvidos não cessam. Talvez não queira saciá-los. Deixar o desejo pra depois e nunca deixar o desejo. Deixar você pra depois, e nunca deixar o meu desejo.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Querer
Hoje foi diferente. Ela quis mudar muita coisa e foi mudada. Sim, não esperava por isso. Mas a voz dele foi incrivelmente tentadora pra ela. A ponto de desejar se materializar em sua frente e dizer o quanto deseja isso, o quanto queria que ele se mantesse perto. Mesmo sabendo de toda a verdade, mesmo sabendo do possível futuro, ela o quis. Sim. De maneira intensa e verdadeira. Cheia de vontade, carisma, amor próprio. Ela quis a alegria que emanava na voz dele, a pureza de seus pensamentos, o amor em sua forma mais notável e bela. Ela o quer e agora? Será pra ele seu próximo sim?
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Feitiço
E faça um favor de não me irritar
E conte uma bela história
Se for confiante
Vou acreditar
Eu queria ter esse problema
Igual aquele filme
Que eu vi no cinema
Eu sei, você não viu
Mas eu explico o esquema
Me abraça
Me ama
Me beija
Cadê você?
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nunca é demais
Só pra te dizer que eu sinto saudades antecipadas. Que as lembranças caem como pedras de gelo no copo da minha saudade. Fazendo um volume extra. Fazendo o copo suar, quase transbordar. Misturando líquidos, proporcionando sensações. Mas é só quando eu te vejo que a minha sede passa. É só a tua presença, única, cheia de pureza e concentração, capaz de fazer meu copo se esvaziar e encher em segundos novamente. Criando assim um ciclo vicioso, onde a tua presença tende a ser constante, minimizando a saudade e aumentando minha sede.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Incerta
O coração não tem rumo. Está afundando em um rio gelado e de forte correnteza. A água fria confunde os pensamentos da pobre moça, que não sabe ler mapas e muito menos decifrar códigos. Seus e deles. Sim, eles. Não teve um momento de baixa adrenalina nos últimos três anos. A não ser quando ela procurou o rio para se afundar. Agora fecha os olhos e todas as lembranças vêm à cabeça, cutucar erros e feridas. E ela já não sabe mais se amor é carência, espiritualidade ou simplesmente amor. O amor pode mudar não pode? Pode mudar o tipo do amor? Ela se engana sim. Entrega-se a breves devaneios. Quando acorda não quer levantar. Espera pelas águas geladas do rio, para quem sabe esquecer essas idéias errôneas e confusas com que sonhou, e pensou, e imaginou. Seu mundo é confortável demais, aventureiro demais. Proporciona coisas que só ela entende. Sentimentos que nem ela compreende. Mas sabe que tem medo da mudança. Medo da insegurança. Medo da mentira. Ela não sabe quando está enganando a si mesma. Só quando a dor bate, ela sabe que foi enganada. E os olhos ao seu redor, que nunca esclarecem as opiniões, só a fazem desejar mais e mais as águas frias, impedindo-a de cometer erros, sofrimentos e dor. O tempo que passa devagar, ou as sensações que se fazem rápidas demais, confirmam isso: talvez ela tenha medo de se entregar.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Agora é hora de vibrar!
Como fugir dos teus longos braços, que em forma de “C” me enlaçam num abraço apertado. Quente e cheio de vida. Sutil e fraternal. Que instintivamente me protege, me aquece, me faz sonhar. De tuas mãos que prendem as minhas, como palha que não foge do fogo. E já é difícil se distanciar do fogo, do calor, da umidade dos olhos. Do cheiro fresco e floral que envolve a minha pele, minhas roupas, meu paladar. Torna as noites mais serenas, os dias mais ansiosos, os sonhos mais bonitos. Desperta sensações adormecidas, ambições inadequadas, desejos quase proibidos. Que se resumem tão facilmente num sentimento delicado, cheio de sintonia, familiaridade e emoção.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ela só quer planar
No fim das contas, ela é simples. É isso mesmo. Límpida, translúcida, mineral. Eu é que tento aplicar teorias loucas e mal estruturadas em seu comportamento. Sim, numa busca constante por explicações. Numa busca por aquele sorriso fácil e tentador, que volta e meia faz curva em seu rosto. Numa busca constante de porquês, que talvez nem ela procure.
Não procura porque não gosta de entrar em labirintos. Quando entra é porque se deixa levar. E sendo levada ela desmancha no ar, paira sem que ninguém a segure. Por isso, todas as teorias são inaplicáveis em seu caso.
De repente, nesses voos musicais ela se desencanta e deixa-se abater por um peso. Pronto. A lei da gravidade incide sobre seu corpo e ela volta. Retorna para o conforto clínico de alguém que tenta explicá-la. No retorno ao chão dos mortais traz o peso da angústia.
Na verdade ela não busca explicações. Só procura um conforto terreno. Um lugar onde possa descarregar o que a incomoda. Enquanto não arranja outro vento para carregá-la mais um pouquinho diverte-se com a insistência dos falsos teoremas, que tentam embrenhar-se em suas ideias.
A angústia, ela própria, sabe que não pode permanecer naquele corpo por muito tempo. De um minuto a outro é expulsa e se resigna a sair calmamente quando sente o dedo lhe tocar o ombro. O dedo de um ventinho traiçoeiro que dá as primeiras brisas leves e consegue atormentar imediatamente. Angústia foi embora e ela está planando novamente, deixando-se levar como uma fumaça, que sai da chaminé e embrenha-se no céu sem saber se é nuvem ou fumaça. Se é guiada ou está guiando. Se é ser ou somente céu.
Letícia Caroline
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Os atores são réplicas. Eles simulam a atividade humana com tal excelência que, vistos daqui, são melhores, mais redondos, mais exatos que os seres humanos. O que fazemos todos os dias, assim cheios de pontas irresolvidas, os atores imitam com tal minúcia que se tornam eles próprios a alma do gesto. Réplicas concentradas da atividade humana.
Mas ponha-se um ator à solta: o fantasma respira mal sem texto; ele procura na calçada o limite do palco, inquieta-se com a indiferença da plateia, corre atrás da cortina, que não há; lembra-se de fragmentos de texto e de gesto, em busca de uma impossível unidade, de um suave arrendodamentoda vida que não está em lugar nenhum, exceto no tempo da peça.
Amanhece em Curitiba. O que eu quero com essas cartas que não posso entregar?".
Trecho de "Uma noite em Curitiba", de Cristóvão Tezza.
como pode falar tanto de mim?
quarta-feira, 8 de julho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
É chegada a hora?
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O que mais pode ser?
Porque me dou tanto assim?
E porque não peço em troca?
Nada de volta pra mim?...
Porque é que eu fico calado?
Enquanto você me diz
Palavras que me machucam
Por coisas que eu nunca fiz...
Porque é que eu rolo na cama
E você finge dormir
Mas se você quer eu quero
E não consigo fingir...
Você é mesmo essa mecha
De branco nos meus cabelos
Você prá mim é uma ponta
A mais dos meus pesadelos...
Mas acontece que eu
Não sei viver sem você
Às vezes me desabafo
Me desespero, porque?...
Você é mais que um problema
É uma loucura qualquer
Mas sempre acabo em seus braços
Na hora que você quer...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Desfaz-se Confusão
Talvez não seja tão ruim
Pra nós é tudo tão louco
Deixa como está
Não sei dizer o que mudou
Eu só quero que se lembre
Que pra mim eu sei nada vai mudar
Não te quero pouco
São palavras no ouvido
É difícil eu sei
Mas pra que duvidar de algo
Que eu nunca falei
Os sonhos vão parar muito longe daqui
E os seus olhos me perguntam pra onde ir
Pegadas secam no chão, depois
Chove no coração, depois
Eu posso ouvir os seus pés invadindo a solidão
Era pra gente ser feliz, eu lembro, é
Simples assim
Me diz pra onde foi'preu' ir atrás
Onde foi você em mim?
Diz com quantas palavras
Só nossas mais ninguém
Que a gente vai entender
O que é que a gente tem
Não quero mais contar as horas
Eu não sei calcular
O atalho mais seguro no seu olhar
Onde está você em mim?
A noite passa (mais eu não)
O sol amanhece (em você)
E outro sonho voa (mais eu não)
Eu vou, vou me perder (em você)
Eu vejo as estrelas acesas no céu
A porta entreaberta pode sair
Se quiser ir pode voltar pode sair
Quando quiser mais se quiser não vá
(Não te quero pouco - Negra Li)
domingo, 19 de abril de 2009
Mudança repentina
Muda o rumo dos passos e pensamentos.
Me tira do acaso e me leva pra um caso, pro carro, pra casa.
Avermelha minhas maçãs, adoça as manhãs, me deixa com frio... arrepio... calafrios.
Me desvenda por sentidos não catalogados.
Abraça, aperta, beija.
Esquenta.
Faz rir, faz sonhar.
E agora mexe, tira do lugar.
Muda tudo.
Os pensamentos são outros.
Bem... os pensamentos são de outro.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Esse seu amor...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
E como pode sair dessas duas uma amizade tão grande? As vezes as vidas se confundem. As histórias se misturam. Conversas que beiram uma sessão de terapia, através das janelas. Só elas entendem a grandeza dessa amizade. Quem as olha não consegue ver como é grande o que existe ali. Uma coisa extrema, que dificilmente oscila. As vidas podem não estar boa, mas quando se aproximam da janela para mais uma conversa, o dia muda de cor. Ganha trilha sonora, e risos incontidos dessas amigas de anos!
segunda-feira, 16 de março de 2009
Eu preciso de você
quarta-feira, 11 de março de 2009
Ainda estão rolando os dados
quem sabe um talvez ou um sim eu mereça enfim.
é que eu já sei de cor
qual o quê dos quais e poréns dos afins
pense bemou não pense assim!
Eu zanguei numa cisma, eu sei
tanta birra é pirraça e só
que essa teima era eu, não vi e hesitei, fiz o pior
Do amor amuleto o que eu fiz?
deixei por aí...
descuidei, dele quase larguei
quis deixar cair.
mas não deixei
peguei no ar, e hoje eu sei
sem você sou pá-furada.
Ai, não me deixe aqui
o sereno dói
eu sei, me perdi
mas êi, só me acho em ti.
que desfeita a intriga, o ó!
um capricho essa rixa;
e maldo imbróglio que quiproquó
e disso, bem, fez-se esse nó.
e desse engodo eu vi luzirde longe o teu farol
.minha ilha perdida é aí o meu pôr-do-sol.
terça-feira, 3 de março de 2009
Improvável
Era diferente, ou, eu pensei ser diferente. Não foi. Não está sendo. E isso me deixa flutuante. Saio desse mundo, e parto para um ponto mais alto. Onde tento me tornar inatingivel. É só carcaça. Por dentro já estou envolvida. Já fui seduzida. Talvez esteja apaixonada.
Mas você se tranca. Não deixa eu desvendar teus mistérios, que por hora penso em ser maiores do que os meus. E eu quero te ajudar. Eu desejo ir adiante, dar um passo a frente. Mas você?! Torne-se mais claro, ou deixe que eu acenda a luz. Preciso ver teus olhos mais uma vez...
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Tão longe de um fim
*Ai meu Deus
Olha a beleza daquela menina
Dançando descalça
Na areia ela nem imagina,
Que o tempo parou,
Naquele instante
Meu peito apertou
No meu coração que era pedra nasceu uma flor
Aí "deus meu" ela gosta de praia que nem eu,
Cuida dos bixinhos,
Vai ser mãe de um filho meu
*Se amanhã tiver sol quero ir pra praia com voce
Dar uma pernada na areia só pra conversar e se entender
Vou botar pra tocar, uma sonzeira no cd
Vai um casal parceria você vai gostar de conhecer
Se o amor não anda bem, não há nada de mal...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Minha outra metade
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Entenda, isso é pra ti!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Calmaria
Menina olhe-se no espelho, abra sua mala, veja! Já passou por isso tantas outras vezes. Porque esse desespero inútil. Tudo passa. As coisas boas e ruins. Nada fica aqui. Nada será eterno.
É isso que te assusta? Os planos indo pelo ralo? Levando sujeira, levando graça, amor. Você saberia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Sabia que não era o tipo de caso de envolver-se sentimentalmente. E agora? Estás angustiada porque ele te evita? Ele te ignora, te procura apenas quando precisa de algo? Sabes como é. Já disse você já teve essa experiência.
Não é só sua cabeça que passa por um turbilhão. O coração também dá sinais. Ouça o que eu digo. Você pode estar apaixonada. Ele sempre fez seu tipo, admita! E não seja tola. Não mais essa vez. Chega! Já tem coisas demais para carregar contigo. Não se deixe humilhar. Não seja pisada. Não seja usada. E se for, humilhe, pise, use! Aproveite de todo o seu poder. Toda sua ira. Seja irresistível.
Esse não é um gostar de acelerar o coração. Aquele por qual você daria a sua vida. Não, pelo contrário. Você deseja a vida. É um apego. É um livro de romance, aventura e ficção. Tudo de uma só vez. Vivido pelos mesmos personagens, e tem como estrela principal ELE, quando deveria ser você. Mas tudo bem. Você sabe que isso tudo quer dizer, você vai crescer mais um pouco. Vai se tornar a mulher que ele não te fez. E isso será o mais delicioso. Pelas próprias mãos.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Distrair-se por favor!
Clarice Lispector
(minha musa, vai estar pra sempre em mim)
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
um pouco largos,
talvez leves
Pernas que balançavam...
Balançava os braços,
o quadril
balançava meu coração
Desviava os olhos,
tirava a concentração
dava ar ao nervosismo
Ria como uma criança
me fazia rir como uma tola
sorrisos que se encontravam
Um desconhecido sentado a mesa
garrafas de bebida
copos inundados de desejos
Encorajar-se?
apenas um mês depois
E agora que tomou todos os rumos
invadiu quarto, sala, banheiro e cozinha
eu não sei viver sem
não sei mandar embora
Enraizou-se como erva daninha
e não posso matar
afinal, mataria um pouco de mim também
mas veja, quem é que não mata um pouco de si?
A velha e conhecida dor bate a porta
e aquele misto de sentimentos vem a tona
Dor de um coração apertado
por saber que se tem amor,
e que não se sabe amar!
sábado, 17 de janeiro de 2009
Deliciosa confusão
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Será
Qual seria sua reação?
Como suas palavras sairiam de sua boca e chegariam aos meus ouvidos?
Difícil é disfarçar essa coisa doida que acontece. E que eu não sinto só.
Você sente, mas não descobriu ainda.
É perceptível.
E se não fosse só amizade?
E se todos os meus planos criados pela fértil imaginação fossem sinais, do consciente, ou do subconsciente... Sinais de desejo, de vontades.
Seus olhos continuariam a me fitar enquanto danço?
Você teria a descrição exata de todos os meus passos naquela noite? Das bebidas que tomei, dos risos que eu dei, dos homens que beijei?
Você deve sentir minha reclusão. Meus passos de ré. Medo, ou vergonha, de encarar tal situação. Mas eu sei que sente.
E se fosse amor?
E se todos esses olhares, esses controles, essas preocupações são só pra dizer que você sente também?
Se essas colação em mim, nos meus horários, na minha alimentação, fossem pra te aproximar. Arranjar motivos e desculpas para estar perto. Para ter assunto. Para rir comigo?
E aquele silencio de palavras que ninguém espera. Mas por dentro, pelo corpo, pelos olhos, pela boca, faltam espaços para tantas sensações. Para tantos pensamentos.
Os olhos baixos. Brilhantes. Olhando um no outro. E o maior sinal, é o teu sorriso, que se abre sempre quando essa cena acontece.
E se esse mesmo sorriso for a forma de dizer que eu te quero?
Nossos olhos se encontrariam de novo?
Aquele mar de sensações viria a tona dessa vez?
Não há outra explicação. Nada mais me faria ficar por horas paradas aos teus pés, te olhando, te admirando, te desejando.
Analisando teus movimentos. Teus sinais. Teus efeitos.
Pensando em como eu quero isso pra mim. Pra minha vida. Pra minha sobrevivência.
O sorriso é a forma de dizer que eu te quero.
E te espero.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Pra ele
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão
Mas eu falei sem pensar
Coração na mão, como refrão de um bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser
Um erro assim tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E, quando acaba a bebedeira,
Ele consegue nos achar
Num bar
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro,
E uma cara embriagada no espelho do banheiro
Ana... Teus lábios são labirintos... Ana
Que atraem os meus instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante sempre me engana
Ana... Teus lábios são labirintos... Ana
Eu sigo a tua pista todo o dia da semana
Eu entro sempre na tua dança de cigana
Ana... Teus lábios são labirintos... Ana
Que atraem os meus instintos mais sacanas
E o teu olhar sempre distante sempre me engana
E eu sigo a tua pista todo o dia da semana
O que eu falei foi sem pensar...
Foi sem pensar.
Refrão de Bolero
Engenheiros do Hawaii