terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer

Andava a passos raros,
um pouco largos,
talvez leves
Pernas que balançavam...
Balançava os braços,
o quadril
balançava meu coração
Desviava os olhos,
tirava a concentração
dava ar ao nervosismo
Ria como uma criança
me fazia rir como uma tola
sorrisos que se encontravam
Um desconhecido sentado a mesa
garrafas de bebida
copos inundados de desejos
Encorajar-se?
apenas um mês depois
E agora que tomou todos os rumos
invadiu quarto, sala, banheiro e cozinha
eu não sei viver sem
não sei mandar embora
Enraizou-se como erva daninha
e não posso matar
afinal, mataria um pouco de mim também
mas veja, quem é que não mata um pouco de si?
A velha e conhecida dor bate a porta
e aquele misto de sentimentos vem a tona
Dor de um coração apertado
por saber que se tem amor,
e que não se sabe amar!

Um comentário:

Alexandre Perger disse...

Não te conheço. Mas o que li parece sair de dentro de você.

Siceramente, me emocionei.
Muito bom!