Depois de fechar as malas, ela agora se fecha de novo. Pelo menos nesse espaço de tempo, onde estará distante das coisas que a fazem existir. Uma pessoa nunca é pessoa por si só. Os fatores externos a constroem também. E ela se vê desabando ao ter que mudar o lugar de seu achego. Nem sempre são rosas pelo caminho. Porém, se você se descobre, e se constrói no meio dessa mata fechada, como pode agora viver em meio de estranhos, e ao céu aberto?
Tudo foi encoberto durante tanto tempo. Seus amores, seus medos, seus sonhos. Tudo foi vivido por ela só. Não precisava de testemunhas. E agora? Terá sua identidade revelada? O sofrimento há de acabar com tudo?
Mesmo que o mundo sempre tenha lhe agradado muito, sua vida foi cuidadosamente integrada a seu habitat natural: Joinville.
Cor, linha e poesia
Há 4 anos