terça-feira, 25 de novembro de 2008

Desconhecido


Isso não vai adiantar.

Teu sorriso me alucina. E eu caio em sonhos e pesadelos e contos de fada quando te vejo passar. Será o cupido escondido atrás das paredes? Como pode ser? Eu não vejo nada. Sinto. Sinto olhos olhando pra mim. Sinto vozes falando de mim. E eu te olho como há tempo não olhava nada. Mas o que se passa ai dentro? Porque o teu tesouro é tão dificil de encontrar? Você podia ao menos me entregar um mapa, talvez que não me sentiria uma menina tola e perdida.

Perdida? Sim! Onde? Como poderei saber. Você não me tira dessa agonia. Cada dia é pior. Você põe uma roupa que eu gosto, mexe os cabelos daquela forma que prende o meu olhar, ri do jeito que me cega.

E mais uma vez me sinto tola. Não sei se te encaro ou se desvio meus olhos. Não sei onde ponho minhas mãos quando me olha. Não sei se fico séria, se rio, ou se não faço nada. Estou chegando a conclusão que eu não sei mais paquerar! (triste) Essa espera me enlouquece. Eu fico toda hora olhando pra fora pra ver se está ali, ou lá. Talvez na sala, no pátio, escostado na parede, vindo do estacionamento. Precisaria de uns dez olhos pra te acompanhar do jeito que eu desejo. Mas não é cruel. É doce. Tem cheiro de pêssego. Maldito cheio que eu sinto quando te vejo na minha frente.

No momento que eu imaginava que mais nada aconteceria na minha vida. Nesses poucos anos vividos, mas diga-se, consideravelmente sofridos e amadurecidos. Eu te olho. E sinto as pernas um pouco bambas. Sinto que minha buchechas ficam rosadas. E os olhos brilham.

Como isso pode ser real? Eu sei que me olhas, talvez me queira. Mas porque eu ainda não sei o som da sua voz? Porque você não me leva pra longe, e me diz ao menos o seu nome? Esta ficando complexo. Serei obrigada a fazer plantão no teu caminho. Irei de imediato te desviar pro meu... Puxar a corda, segurar as mãos e ouvir a voz que eu tanto imagino.




(Obrigada desconhecido por estas sensações)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um pouco mais



Um pouco mais do teu amor. Um pouco mais do teu carinho. Mais do teu calor. Mais do teu corpo, teus fios de cabelo, teu suor. Mais dos teus olhos azuis. Mais dos olhos castanhos, verdes, pretos, cor de mel. Um pouco mais da tua altura, da tua grandeza, da tua superioridade. Mais das aventuras, da descobertas, dos desenhos nas nuvens. Um pouco mais dos passos largos, passos curtos, passos de dança. Da voz que ri, que briga, que pergunta, que zomba. Mais dos sorrisos, daqueles forçados, dos sem aparelho, com aparelho, dos dentes separados. Um pouco mais do teu perfume, do cheiro do teu shampoo, das pastilhas e dos cigarros. Mais da vontade de comer batatas, de comer chips, de tomar uma coca bem gelada. Um pouco mais das caminhadas noturnas, caminhadas diurnas, caminhadas nos sonhos. Mais dos versos, das canções, das poesias traduzidas em ilusões. Das fotos não tiradas, dos desenhos recortados, dos nomes rebiscados em qualquer pedaço de papel. Um pouco mais dos sapatos jogados na sala, dos brincos perdidos debaixo da cama, dos desejos embriagados nos lençóis. Mais de subir escondida até o teu quarto, de esbarrar nos movéis da sala, de tapar minha boca com as mãos para que ninguém ouça minhas risadas. Mais dos beijos interminaveis, dos selinhos, dos beijos de atração, de sedução, de proteção. Um pouco mais das tuas mãos no meu cabelo, dos teus lábios no meu rosto, do teu cheiro no meu corpo. Mais das loucuras do meio da noite, das pedras na janela, das ligações sem motivo. Um pouco mais do frio na barriga, do vento no pescoço,do balançar de pernas. Das maquiagens manchadas, cabelos bagunçados, roupas amassadas. Mais dos desejos contidos, risos incontidos, beijos largados. Um pouco mais dos bancos nas praças, das mesas nas boates, dos pisos nos terminais. Mais dos encontros nas esquinas, nos shopping's, no pé do morro. Das brigas e discussões, das noites perdidas nas conversas virtuais, dos sorrisos no meio da rua. Um pouco mais do meu amor, do teu amor, do nosso amor. Mais dos meus amores, dos vários homens, dos muitos beijos. Um pouco mais de cada um. Mais de mim. Mais do gosto da vida que eu descubro a cada dia. Um pouco mais dessa vida doce. Só isso, um pouco mais.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Considerações Finais


Não me importo com o que pensa. Senhor, não somos todos iguais. Não vivemos um em função do outro. A vida de todos é marcada por fases, estágios. E talvez eu esteja vivendo a maior e melhor e mais engrandecedora fase da minha vida. Não quero perder ninguém ao meu redor. Mas não posso admitir que as pessoas julguem meus passos e se sintam machucadas com as pedras que tiro do caminho. Eu amo a todos e não amo ninguém. Eu quero todos e não tenho ninguém. E talvez seja exatamente isso que eu prospero. Essa liberdade pronunciada que me levanta o espirito e põe o sorriso no meu rosto.

Essa mão que eu invento que segura a minha. Ou esse sorriso que eu finjo que é pros meus olhos. E as ruas que subimos tão vagarosamente, é nela que se encontram o que chamamos de vida. De arte de viver. As luzes acesas não deixam o medo vir a tona. As vozes me falam que há vida, e muita vida ali dentro daquelas paredes. O vento, e a brisa, e os sons da noite me trazem a calmaria de uma vida doce e bela. De uma vida de descobertas, de livros e amores.

O amor que eu nutro, que eu acho que amo, deve ser por mim mesmo, ou pela minha vida, ou pela beleza de descobrir a viver. Porque não há aquele que me faz sonhar, que me faz suspirar. Ou de repente, eu sonho com todos e eu suspiro por todos.

Cada um me cede uma experiencia. Me dá um sorriso. Conquista um beijo. Há um idealizador. Há a minha inspiração. Vem de coisas compartilhadas com uma pessoa. Pessoa que me faz rir não sei de quê. Que me acompanha em aventuras simples mas apaixonantes. Mas eu ainda não descobri o que mantém essa ligação entre nós. [uma experiancia que eu nunca vivi. Um relação desconhecida, mas que eu sempre idealizei].

Explorar! Rir! Viver! Cantar! Viajar!!! Na vida, nas letras, nos sonhos, nas ruas, nos meus desejos, nos teus desejos. Nas nossas teorias. Não se canse, não me canse. Nós nascemos pra viver e pra ser feliz. Pra ser adultos no documento e crianças de espirito!

Caminho a passos raros, nem sempre facéis. Caminho diante do que eu contruí. O meu caminho não está feito. Tenho autonomia suficiente pra fazer a minha trilha e descobrir as minhas fronteiras.





(Não se sinta mal, por favor, não quero te magoar. Estou procurando a mim mesmo nesse mundo louco).