quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Será

E se não fosse brincadeira
Qual seria sua reação?
Como suas palavras sairiam de sua boca e chegariam aos meus ouvidos?
Difícil é disfarçar essa coisa doida que acontece. E que eu não sinto só.
Você sente, mas não descobriu ainda.
É perceptível.

E se não fosse só amizade?
E se todos os meus planos criados pela fértil imaginação fossem sinais, do consciente, ou do subconsciente... Sinais de desejo, de vontades.
Seus olhos continuariam a me fitar enquanto danço?
Você teria a descrição exata de todos os meus passos naquela noite? Das bebidas que tomei, dos risos que eu dei, dos homens que beijei?
Você deve sentir minha reclusão. Meus passos de ré. Medo, ou vergonha, de encarar tal situação. Mas eu sei que sente.

E se fosse amor?
E se todos esses olhares, esses controles, essas preocupações são só pra dizer que você sente também?
Se essas colação em mim, nos meus horários, na minha alimentação, fossem pra te aproximar. Arranjar motivos e desculpas para estar perto. Para ter assunto. Para rir comigo?
E aquele silencio de palavras que ninguém espera. Mas por dentro, pelo corpo, pelos olhos, pela boca, faltam espaços para tantas sensações. Para tantos pensamentos.
Os olhos baixos. Brilhantes. Olhando um no outro. E o maior sinal, é o teu sorriso, que se abre sempre quando essa cena acontece.

E se esse mesmo sorriso for a forma de dizer que eu te quero?
Nossos olhos se encontrariam de novo?
Aquele mar de sensações viria a tona dessa vez?
Não há outra explicação. Nada mais me faria ficar por horas paradas aos teus pés, te olhando, te admirando, te desejando.
Analisando teus movimentos. Teus sinais. Teus efeitos.
Pensando em como eu quero isso pra mim. Pra minha vida. Pra minha sobrevivência.
O sorriso é a forma de dizer que eu te quero.
E te espero.

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