quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Peneirando

As horas passam rápido demais. A TV adormece antes de eu pegar no sono. É difícil abster-se de sonhos e pesadelos. As noites eram mais leves no começo. Sentia uma leve brisa nas costas antes de mergulhar no calor das cobertas. Agora amanheço pesada. O sono me trás cansaço e fadiga. Acordar significa pensar, reagir, planejar, caminhar, ir adiante. E quando acordo nem sempre tenho a sensação de que serei forte o suficiente para dar mais esse passo. Ir um pouco mais além no caminho da vida.

Enquanto o doce panotone desce com a ajuda de uns goles de café, eu reflito. É preciso entender como o viver é realmente um caminho sem volta. Não digo que as oportunidades não baterão a sua porta, daí é força do destino, e não mais porque estes foram os teus planos.

Hoje decidi fazer mais um peneirão. A cada recomeço é preciso definir quem vai ou não estar presente no teu futuro. Aqueles que ficarão no passado e aqueles que estarão na minha formatura, no batizado dos meus filhos, nas minhas bodas de prata.

Reforçar as alianças que não exigem fidelidade, segurança, calor. O amor, como as amizades, deveria ser puro e gentil. Participar sem cobrar. Entender que mesmo não sendo pra toda vida, pode ser um remédio pra uma doença não curada, um anestésico para cortes atuais, uma prevenção para acidentes futuros. Um cervejinha gelada para as tardes de domingo, um jantar íntimo para o sábado a noite, uma boa conversa para o almoço da semana.

Um pouso forçado para a realidade. O relógio já aponta a hora de mais um passo...

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