segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Declaração


É estranho olhar pra você e perceber que eu ainda te desejo. Já faz tanto tempo... Poucas coisas mudaram. Mas foram de grande significado. Desde novinha eu sonhava com uma pessoa. Imaginava como ela seria, como me trataria. Jeito de falar, jeito de me olhar. Os sonhos, as coisas boas que traz consigo. O alto astral, o bum humor, a imaginação.
Faz quase dois anos, eu sei.Talvez você nunca leia isso. Talvez eu não tenha coragem de um dia lhe falar essas coisas.
Mas o que importa é que eu ainda gosto de ti. Sim. Aos poucos a gente descobre o que pensa, e o que sente. Meses depois é que eu fui perceber que você era aquele homem. O cara dos meus planos. Dos sonhos. Aquele que eu imaginei encontrar e ser feliz para sempre. Triste fim. Fiz uma das maiores burradas da minha vida. Senão a maior. Joguei tudo pro alto sem saber o que estava fazendo, e com quem estava lidando. Uma pena.
Tentei ser perfeita enquanto estavamos juntos. Não queria que os meus medos, meus defeitos te assustassem. Naquele tempo tinha medo de mostrar o que eu era. O que eu gostava. Estava a sua disposição. Feita pra te agradar.
Pisei na bola. Não era a hora, mas eu tenho certeza, era o homem certo. Eu não era madura o suficiente pra viver essa vida, viver a tua vida. Um mundo louco, sem hora certa, sem local certo. Vivendo da ocasionalidade. Não dava. Me assustei, o medo de viver outra decepção era maior, mais forte. Falava mais alto do que o pulsar do meu coração.
E eu larguei, sumi. Esbarrei contigo várias vezes. Sabia que aquilo que vivemos não seria mais igual. Mostrei então meu lado mais mulher, mais sedutora, aquele lado escondido e receoso. Foi o suficiente pra te ter por mais um mês. E depois, mais nada. Nem as caminhadas. Nem as conversas. Nem mesmo as mensagens.
Foi só eu ouvir que você ia embora pra eu estremecer de novo. Vir a tona todo aquele sentimento de culpa. Todo aquele amor que eu achei que tinha passado. Mas veja bem, acho que não é pra ser mesmo. Ou sei lá o que... Deus não permitiria tanto amor a um humano se ele não pudesse amar. Então, alguém me ajude. Alguém explica isso? Porque você não volta e diz que sente o mesmo por mim?
Fico louca, me perco nos passos. E não é raro eu me pegar pensando em você.
(Larga tudo e vem correndo, pra eu mergulhar no teu sorriso, me arranca desse inferno, me leva pro teu paraiso)

Nenhum comentário: