sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Posso ir?

Agora eu posso ir adiante? Você deixa? Desejo,antes que tantas outras coisas, conhecer você. Mas não esse seu que me confunde, que me intriga. Quero ver de verdade. Abrir meus olhos e ver você sorrindo, como sei que ri quando me fala ao telefone. Sinto um não sei o que por ti. É estúpido. Não existem motivos papupavéis. Ou seria os seus olhos que me atraem? O seu caminhar que me desvia os olhos? A sua voz que me arrepia? Não posso afirmar. Teu corpo suado que me transfere calor e sensações. Teu jeito frio e distante que me ilude. E o escorpião que seduz e se afasta, deixa esta aquariana doida, envolvida.
Tu seria como um poeta do romantismo. Um homem de mil mulheres e apenas um amor. Galenteador, popular, objeto de desejo. Mas teu coração acelera por uma. Apenas ela que te dá asas. Que consegue arrancar musica dos teus olhos. E então eu começo a descobrir o que me fascina em tudo isso.
Ver que existe mais amores platonicos do que os meus fios de cabelo podem contar.
Não é você que eu desejo, é o que você é. É o que você pode dar. Engrandecer. Fazer a alma se elevar a outro plano. Onde estão os corações e as asas. É ver que eu não sou louca e sonhadora. Que alguém como eu imagino existe. Que as palavras que eu desejo ouvir são reais. Estão ali. Perto dos olhos. Mas não são pra mim. E eu sei. E eu acho encantador. Não você. As palavras.
É isso que me atrai. Essa incógnita que é você. Não deixa espaços. Não transparece sentimentos.
Absurdos. Personagens que saem de dentro de você e voam. As vezes sinto tocar um deles. Não sei qual. Dificil encontra-lo de novo. Isso me prende em você. No que eu idealizei quando te vi, e que milênios depois se desfez no amor que foi trocado. Seu suor pelos meus pensamentos.

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