sexta-feira, 4 de março de 2011

Hoje em dia


O rádio desligado não diminui o barulho dessa sala. O ar frio gela o corpo, só não congela os pensamentos. Que saem janela afora, correndo pela rua, subindo em árvores. Encontram rostos conhecidos, ouvem sons que remetem lugares e pessoas. Não param. Inventam viagens e amores. Amores como aqueles de carnaval, avassaladores e irresistíveis, cheirosos e gostosos. Altos e baixos, olhos claros e escuros. Como cabelos que se envolvem no corpo, como roupa de inverno pra aquecer. O coração acelera, os olhos começam a fechar, e a imaginação voa outra vez. O interfone toca, o portão tem que ser aberto. E os sonhos, dão espaço a mesa cheia de papel, e o follow up cheio de tarefas pra realizar.

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